Poema Gilson Cavalcante
Foto: Lucas Vital
O menino que rodopiava dentro de nós
Desata os ventos e o retrós
Que nos desafia no trapézio
Sobre os abismos
E nos ata em assovios breves
Convocnado passarinhos
Sobre a tessitura da ala leve
Dos brincantes.
E o pião roda, roda roda
Como um gerúndio
Na eternidade do que arde,
Do que anda, endo, indo,
Sob as circunstâncias da lona
Alone again, a memória do que somos
Debaixo de um céu de oz.
Silêncio que o sorriso é o aplauso
De um tempo que se faz presente.