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Aluísio Cavalcante

Circo de Família e o amor como resposta

Por Ana Elisa Martins



Em tempos onde o discurso de ódio se torna a linguagem “oficial” e conviver com uma metralhadora de absurdos tornou-se rotina do dia-a-dia brasileiro, falar de amor pode ser mais que um respiro, mas um ato revolucionário! É o que nos traz a Cia Circunstância, de Belo Horizonte (MG) , com o seu espetáculo “Circo de Família” que é atração do dia 05 de julho no 7º Festival de Circo de Taquaruçu. O Espetáculo será apresentado no formato de live no Youtbe do Festival, com o chapéu virtual aberto para colaborações antecipadas aqui.

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Trazendo como tema central o afeto e as relações familiares, o Espetáculo “Circo de Família” traz o casal Tica Tica do Fubá e Alegria Também, com a participação, esporádica e espontânea, de Pirueta Ravioli, filho do casal, um repertório recheado de conquista, jogo duro e sedução. A trupe expõe os sentimentos humanos presentes nas relações amorosas com humor e diversão, inspirados na tradição do circo, do teatro de rua e da palhaçaria brasileira. Os números refletem a polivalência e a flexibilidade necessárias para viver uma relação familiar. Ciúmes, carinho, raiva e doçura brincam num jogo de status disputando poder e pedindo reconciliação. Nessa competição sem perdedores, que é o jogo do amor, a cia dá o seu recado: não abuse da paciência alheia, tenha poderes paranormais e acredite: o amor é revolucionário!


Para Dagmar Bedê, a artista que dá vida à palhaça Tica Tica do Fubá, o Amor é a coisa fundamental para poder atravessar esses tempos “Parece uma coisa meio besta meio clichê, mas é fundamental, é o que que fica”. Nos conta Dagmar “Porque quando eu falo de amor eu não falo de ódio. O que eu quero que fique na cabeças das pessoas? Que pensamento, que reflexão que eu quero deixar? Porque a gente não traz respostas, talvez traga algumas perguntas a mais, mas essa resposta é de cada um”. Dagmar nos conta que é através da relação de sua família que quer trazer essas reflexões “O espetáculo se propõe à isso, usa da arte circense para trazer a nossa relação, de casal, nossa relação com filho, filho e pai, pai e mãe, mãe e filho... e é isso que a gente quer, celebrar esse amor. E o amor não é fácil, tem briga, tem discussão, tem disputa, tem carinho tem solidariedade, tem paixão, tem cuidado, tem proteção... O amor ele tem todas essas esferas possíveis. Se a gente se move através do amor, no final das contas vai valer a pena”.


Dagmar ainda nos conta como foi esse processo de sair do picadeiro das ruas para o online, confessando que não foi nada fácil. “A gente estava num ritmo muito louco, na temporada de estreia do “Circo de Família”, depois de quase um ano de trabalho intenso de direção, ensaio, residência artística e tudo mais e aí o isolamento veio exatamente no meio dessa estréia. Então no início foi bem difícil, aceitar a situação dessa nova realidade, perceber que ela não vai acabar tão cedo e que talvez nem volte ao que era antes. Então deixamos o tempo acontecer, o tempo acalmar as coisas e aos poucos fomos nos abrindo para as possibilidades”. Dagmar conta também que o espetáculo e a cia tiveram que passar por um processo de adaptação: “O espetáculo teve que passar por grandes adaptações, porque somos uma cia que trabalha com o teatro de rua, e basicamente sempre trabalhamos com a rua. Então a gente está se adaptando, estamos revendo a linguagem, estudando tecnologia, estudando possibilidades e formas para poder fazer o que a gente a faz desde sempre”.


O espetáculo “Circo de Família” será apresentado ao vivo a partir das 10h do dia 05 de julho. Os ingressos podem já podem ser adquiridos a partir do valor de R$ 5,00 na bilheteria online.


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